Candeia Grossa ganha casa de farinha totalmente mecanizada

Totalmente mecanizada, a Casa de Farinha Comunitária de Candeia Grossa Edgar dos Santos Lima, foi entregue à comunidade na noite de domingo. A unidade vai atender a uma demanda cada vez mais crescente. A região é formada basicamente por pequenas propriedades, cujos donos destinam grande parte das suas terras ao cultivo da mandioca, que se constitui numa das suas principais culturas.
“Numa comparação nada absurda, a casa de farinha passou de analógica para digital”, afirmou o prefeito José Ronaldo de Carvalho. “Mecanização vai facilitar a produção de farinha, goma e beiju, demandando menor tempo, e melhora na qualidade, que significa aumento na renda familiar e o conseqüente acesso aos bens de consumo, porque o que era feito por quatro ou mais pessoas, vai passar a ser feito por apenas uma”.
Ele disse que estava surpreso com a transformação no imóvel e a instalação dos equipamentos. “Apenas foram aproveitadas algumas paredes. O resto é tudo novo”. José Ronaldo lembrou que outras casas de farinha na zona rural, inclusive na região, foram recuperadas. “A produção de farinha e de outros derivados da mandioca é importante para a alimentação e para a renda das famílias, porque o excedente é vendido”.
A casa de farinha, que terá capacidade para atender a cerca de 120 famílias, foi construída há cerca de 20 anos. Agora passou por uma profunda reforma. Familiares de Edgar dos Santos Lima, participaram da inauguração. A viúva dele, Maria Lima dos Santos e um dos seus filhos, Edvaldo Santos Lima, descerraram a placa. Edgar foi quem doou o terreno onde o imóvel foi construído.
O deputado estadual Tarcízio Pimenta disse que a casa de farinha recuperada é o meio para que os agricultores aumentem suas rendas. “Aqui, pelo visto, passou a ser uma pequena indústria toda mecanizada que vai facilitar a produção de farinha e de beijus”.
O secretário de Agricultura, Recursos Hídricos e Desenvolvimento Rural, Mário Borges, destacou o que foi feito pela Prefeitura na região, como a instalação de telefones públicos, extensão das redes de água e de energia elétrica, recuperação de estradas, distribuição de sementes. “Esta casa de farinha vai facilitar a vida de todos os agricultores, tornando a lida diária menos pesada. Também vai deixar mais dinheiro nos seus bolsos, porque os custos de produção vão cair”.
O presidente da Associação de Desenvolvimento Comunitária de Candeia Grossa e Adjacências, Valter Almeida, disse que a casa de farinha vai resultar no aumento da produtividade, na redução dos custos de produção, porque antes o serviço era manual. “As iniciativas do governo municipal demonstram o empenho e o interesse em mudar, para melhor, a vida dos moradores da zona rural”.
A casa de farinha é dotada de forno mecânico e base de metal que diminui o tempo de produção – o trabalho do agricultor é só colocar a massa para torrar, a máquina que tritura a raiz está mais segura, a peneira da farinha passou a ser automática e os beijus serão feitos num espaço maior e adequado. “Apenas vamos usar a força na prensa (para tirar a água da massa) e na raspagem”, comemora a agricultora Hilda Santos.